quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Opinião do grupo sobre a obra lida :
A história se passa na segunda metade do século XIX e o livro foi escrito em 1888. Ficamos impressionados com a arrogância de Aristarco... pois ele era narcisista ao extremo, ele prefere ver a si mesmo, que a todos os problemas que o rodeiam... O personagem principal, o moço/menino é levado de experiências ruins (homossexualismo) até ao amadurecimento, que não ocorre sem sofrimentos... O Ateneu pega fogo, esse é o climax do livro , que simbolicamente, quer Raul Pompéia dizer que não é só o ateneu que pega fogo, mas também a imagem de verniz que Aristarco faz de si mesmo. O Ateneu é uma das obras mais importantes do Realismo brasileiro. Trata-se de uma narrativa na primeira pessoa, em que o personagem Sérgio, já adulto conta sobre seu tempo de aluna interno no Colégio Ateneu. A ação do livro transcorre no ambiente fechado e corrupto do internato, onde convivem crianças, adolescente , professores e empregados. É dado o início do romance, com o pai de Sérgio advertindo "Vais encontrar o mundo, disse-me meu pai, à porta do Ateneu Coragem para a luta" Dr. Aristarco é o diretor do colégio. Figura soberba, cheia de empáfia e que visava apenas o lucro. Tinha o sonho de ver um busto com a sua face. Sérgio vai narrando as decepções, os medos, as dúvidas , a rígida disciplina, as amizades, os acontecimentos em torno da própria sexualidade, as questões nem sempre respondidas. O romance é um diário de um internato: as aulas, a sala de estudos, a diversão nos banhos de piscina, as leituras, o recreio, o que acontecia nos dormitórios, no refeitório as disputas. O mundo da escola é sempre visto e retratado a partir da perspectiva particular de Sérgio (expressionismo). Desse modo, a instituição , os colegas, os professores e o diretor Aristarco são representados em função de certa ótica, claramente caricatural, em que os erros, hipocrisias e ambições são projetados e realçados. Misturando alegria e tristezas, decepções e entusiasmos, Sérgio, pacientemente reconstrói, por meio da memória , a adolescência vivida e perdida entre as paredes do famoso internato. A obra acaba com o incêndio do Ateneu pelo estudante Américo. No incêndio o diretor fica perdido, estático com o que está acontecendo com seu patrimônio e naquele mesmo dia é abandonado pela esposa. Adorei fazer o trabalho , pois vi um pouco de como eram as coisas na metade do seculo XIX.
Rússia no século XIX :
No século XIX, o Império Russo passou por uma rápida modernização econômica que trouxe consigo o desenvolvimento da urbanização e industrialização na Rússia. Desde o século XVI a Rússia tinha como principal forma de governo o Absolutismo, representado na pessoa do Czar (Imperador Russo), cujas principais características eram o poder absoluto e arbitrário com o apoio da nobreza proprietária de terras e da Igreja Ortodoxa Russa.
Os governos Czaristas tiveram como principal característica a exploração da grande maioria da população russa composta por camponeses, que viviam em situação deplorável nas terras dos nobres, pois a Rússia era predominantemente agrária. O campesinato levava uma vida permeada por dificuldades: carência na alimentação, não tinham vestimentas adequadas para o intenso clima frio da Rússia, a maioria trajava andrajos e botas de papelão.
A partir de 1850, o Czar Alexandre II, que governou a Rússia entre 1855 a 1881, foi o responsável por implantar a modernização no Império. No ano de 1861 aboliu as relações de servidão entre os camponeses e os nobres proprietários de terra. Incentivou a modernização da economia Russa, implantando um desenvolvimento industrial com financiamento de capitais estrangeiros (principalmente da Inglaterra e França), instalou uma rede ferroviária interligando distantes regiões do Império. Mesmo assim, a Rússia Czarista era um país de contrastes, de um lado havia a maior extensão territorial do mundo e de outro, uma grande população rural, cerca de 80%.
A industrialização ocorreu basicamente em duas cidades, São Petersburgo e Moscou, que se encontravam na parte ocidental do Império. Com a rápida modernização (urbanização e industrialização) implantada na segunda metade do século XIX e com a abolição da servidão aconteceu uma migração para as cidades, camponeses foram trabalhar como operários nas indústrias, outros continuaram sendo explorados no campo.
Os operários das indústrias que constituíam a emergente classe social que surgiu na Rússia no século XIX, se encontravam em condições extremas de exploração: péssimos salários, nenhuma legislação trabalhista, falta de segurança e uma carga horária diária de 12 a 16 horas.
As péssimas condições de vida, tanto dos camponeses quanto dos operários, ocasionou uma crescente insatisfação com o czarismo e influenciou a difusão do pensamento marxista no meio urbano. Surgia, então, a disseminação das ideias socialistas e a articulação de manifestações e greves entre os proletariados russos, culminando no ensaio geral de 1905.
(feito pela jornalista : crix kura )
O século da burguesia :
O século XIX foi o século de ouro da burguesia. A nobreza, que perdera privilégios, viu-se substituída pelos ricos burgueses que construíam casas apalaçadas, imitando as casas dos nobres.Alguns burgueses, com o dinheiro ganho na indústria, na banca, ou mesmo no Brasil, tentavam alcançar prestígio, comprando títulos e enfeitando os dedos com anéis de brasão.
Outros afirmavam-se na nova sociedade, apenas pelas suas funções: membros do Governo, diplomatas, advogados, solicitadores, farmacêuticos, médicos, professores, funcionários...
No final do século XIX, a burguesia tinha conseguido afirmar-se, dominando a vida política e económica. Alguns burgueses chegaram mesmo a recusar títulos de nobreza, orgulhando-se das suas origens modestas e do facto de terem conseguido vencer apenas com esforço pessoal.
O conde de Burnay, de origem belga, dominava a alta finança e tinha uma influência política muito grande. Participou em empresas ligadas ao tabaco, vidro, papel, indústria química e transportes ferroviários. ( feito pela jornalista : crix kura )
A nova classe trabalhadora:
Os pequenos agricultores, os pequenos comerciantes e os artesãos
formavam as novas classes do trabalho. A partir de Inglaterra,
um pouco por toda a Europa, e mais tarde em Portugal,
começavam a surgir fábricas. Os artesãos das antigas oficinas
davam lugar aos operários.
Assim, ao longo do século XIX, começou a falar-se da
(classe operária) e das suas difíceis condições de vida.
Ao operariado* ligou-se o conceito de (proletário)
(com prole - família muito numerosa - e sem bens próprios).
As condições de vida destes trabalhadores não
melhoraram durante o século XIX;
o dia de trabalho continuou a ser de mais de dez horas.
A partir de 1852, assistiu-se ao desenvolvimento das
associações de socorros mútuos,
que se preocupavam com as dificuldades econômicas dos operários
e prestavam ajuda aos familiares, em situações de doença,
desemprego, invalidez ou morte.
Mais tarde, os sindicatos
(associações de trabalhadores de um determinado ramo)
recorriam à greve (paralisação da atividade nos locais de trabalho),
para verem satisfeitas as suas reclamações
(salários mais altos, horário mais reduzido e melhores condições de trabalho).
O movimento operário procurava aumentar a sua influência,
fazendo propaganda, através de conferências,
jornais, revistas, panfletos e livros;
No entanto, a classe burguesa, em Portugal,
nunca se sentiu realmente ameaçada.
Devido à dificuldade dos transportes públicos,
muitos bairros operários foram construídos junto às fábricas,
prática que continuou durante o século XX.
Os trabalhadores recebiam um baixo salário que gastavam,
quase na totalidade, na alimentação.
Ainda hoje alguns destes bairros continuam a ser habitados.
( feito pela jornalista : crix kura )
Os Professores e o Ensino Industrial na Segunda Metade do Século XIX:
A partir da segunda metade do século XIX,Portugal começou a reunir condições políticas e econômicas para olhar a educação com um novo enfoque. Na área do ensino técnico, era urgente implementar um conjunto de condições que garantissem a formação de profissionais habilitados aptos a fornecer ao setor econômico um trabalho qualificado, tendo em vista um desenvolvimento econômico do país. O pioneirismo deste tipo de ensino, mau grado as experiências episódicas desde Pombal, implicou uma dificuldade no recrutamento de professores que só muito dificilmente foi sendo ultrapassada. Desde a pouca seletividade, à oferta de condições atrativas, até ao recrutamento no estrangeiro, tudo se procurou fazer para fornecer ao ensino técnico os docentes devidamente habilitados.
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